quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Nova Morada
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Ao passarinho que voou mais feliz e
à todas as notas que o seguiram,
BOAS NOVAS
O vento traz consigo novos sonhos,
São boas novas nascendo de um rosto antigo,
Em uma melodia nova, num quarto pronto em tons de outono.
O quadro se desenha por casas na árvore,
Castelos brilhosos e claves no topo,
Onde crianças brincam de faz de conta
E amores eternos viram história pra livro.
O vento traz consigo novos sopros,
Onde espadas se transformam em flores
Semeando caminhos coloridos que correm pra eternidade
Com pressa de chegada.
São arranjos feitos a dez mãos
Com cara de dois em um, dois em mais
E vozes de irmão.
O vento traz consigo novos montes
Onde a saudade pega a gente pelo braço,
Abriga poesia com dor,
E faz verso bonito virar tatuagem.
É estrela que brilha longe,
Fazendo anjo virar gente quando insiste em colo depois do almoço.
E faz gente grande virar palhaço,
Quando esquece quem mora longe,
Se a trilha tem rastro ou se tem alguém
Esperando adiante.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Sinto saudades dos períodos de guerra, onde os chefões mandavam e eu, obrigatoriamente, seguia sem contestar. Aprendi que nesse tempo era mais fácil de me conhecer do que agora. São tantos os questionamentos, são tantas as angústias regadas, que nessa exploração de respostas são poucos os que se salvam ilesos. Você mesmo, já saiu vivo, ou inteiro, de alguma dessas experiências?
Se voar fosse fácil não gastariam milhões em ferro, aço e inteligência em algo que vive caindo e explodindo por aí. Se continuar no alto fosse simples, Newton não teria tanto esforço em seguir discursos sobre a lei da gravidade.
De pouquinho em pouquinho chegamos perto da caverna do tesouro. A questão é: a vista lá de cima, será para o alto ou para o triste?
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Get in
Deixa o telefone tocar,
A secretária eletrônica atender.
Deixa ele insistir, contestar, querer, repetir.
Deixa a caixa de chocolate acabar.
Deixa o despertador tocar.
Deixa a caixa de entrada lotar.
Deixa a balança aumentar,
A chuva molhar,
E o tempo passar.
Deixa ele voltar,
Se arrepender, implorar, jogar rosas pelo chão.
Deixa ele questionar, duvidar, acertar.
Deixa o cabeleireiro mudar,
A roupa sujar,
A maquiagem borrar.
Deixa ele chegar,
Beijar devagar, abraçar e pedir pra ficar.
Deixa de tentar controlar,
Pára de impor, de acertar.
Deixa a obrigação de lado,
O sapato desamarrado e espera ele acordar.
Deixa o amanhã pra depois,
O passado de lado, e
O livro marcado.
Deixa a saudade apertar,
A carta chegar,
A comida esfriar, e
Sol levantar.
Deixa o vento mudar,
A liberdade durar, e
O beijo ficar.
PS: E beijo bom é aquele que fica.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Ponte

domingo, 21 de junho de 2009

Todas as belas histórias contadas a dois.
domingo, 14 de junho de 2009
Lado direito
Ele continuava dizendo que se tivesse que arriscar, arriscaria mesmo. Dizia que não deixaria uma “boa” oportunidade passar. E isso, não era só relacionado as “mulheres” que viriam na vida dele. Ela entendia que as oportunidades que ele tanto citava durante suas conversas, eram direcionadas aos sonhos, que nele nasciam com a força total de um manifesto em plena revolução, e que ele insistia em esconder atrás daquela mal-feita máscara de durão.
As férias batiam a porta, como toda chuva de verão que demora a passar. O tempo deles estava acabando, e no fundo, os dois sentiam aquilo. Foram abraços de verão, sorrisos pro mar e músicas baseadas só em refrão. E ela teve que viajar. O tempo passou novamente. Ele não dava notícias. Ela sabia, no fundo, que por trás do silencio ainda existia uma base forte em harmonia. Um dia o telefone tocou. Não era ele. Eram só notícias vazias dele. Ele andava bem, sempre em companhia daquele pendular relacionamento novo-e-antigo. Ela se deixava alimentar pela saudade. A distância não incomodava mais que as cenas já presenciadas tantas vezes, quando o ‘casal’ resolvia se conciliar, e ela, sempre de longe, era obrigada a assistir e sorrir. Eles eram chamados de ‘melhores amigos’.
Ela voltou, e ele vibrou. Falou horas das saudades, das boas novas, e das ‘candidatas’ que haviam se acolhido ali, enquanto ela estava fora. As provocações faziam parte. Ela entendia o riso irônico. Ele sabia que aquela cara era de briga. Os dois se entendiam como a água e o óleo, nunca se misturando, mas sabendo a temperatura ideal para o conforto um do outro.
A vida os separou. Cada um pro seu lado. Felizes natal e ano-novo chegam sempre via e-mail. As fotos antigas continuam na caixa de madeira no fundo do armário. As cartas, escritas só em datas especiais, ainda guardam em remetente o nome dela na gaveta do computador.
Depois que os riscos passaram e que ele já não teme mais tentar, ambos sabem, que o que faltou pra eternizar a mistura heterogênea de momentos excêntricos foi o beijo, que ele insistiu em não concretizar.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Colheita
Eu, não muito satisfeita com uma resposta que ele tinha dado a um colega meu de turma, onde ele havia perguntado anteriormente qual era o “segredo” para continuar exercendo a profissão de maneira alegre e “empolgante”, reformulei a pergunta deixando claro que não gostaria de um “essa pergunta vale R$ 1 milhão, eu sinceramente não sei qual é a fórmula, quem souber vira milionário”, e perguntei: “Quais são os passos para continuar amando o que se faz e não perder a paixão por escrever ao longo dos conturbados anos de carreira?” Ele sorriu, entendendo o fundo passional da pergunta e respondeu: “Eu continuo sempre lendo, indo atrás de novos textos, novas inspirações... De linhas que me tragam vontade de continuar escrevendo. É isso, acho que ler e ir sempre em busca de respostas para minhas dúvidas é o que me faz continuar apaixonado pelo que faço mesmo com o passar dos anos.”
Minha professora, uma das pessoas mais brilhantes que já tive o prazer de conhecer, sorriu em resposta ao que ele disse e olhou significativamente para mim passando uma mensagem quase entrelinhas, algo que queria, acho eu, mais ou menos dizer assim: “Tá vendo? Você já sabia a resposta...”
E ai fica a reflexão:
Como fazer para não perder a paixão pelo que se faz, com o passar dos anos?
Eu, sem muito saber ainda aonde vai dar ou a “fórmula” mágica para manter a chama sempre acesa, continuo – agora, ainda mais – no caminho das grandes obras, dos grandes escritores, das grandes estórias, dos grande amores... Eu vou lendo na esperança de que a cada linha ou verso essa minha paixão só aumente e se fortaleça! Eu sigo o mesmo caminho do Raíces e recomendo: LEIAM!!
sábado, 6 de junho de 2009
Não consigo parar, respirar fundo e pensar com calma.
A calma me agonia, me traz um mau pressentimento de coisas que podem dar errado.
Dá vontade de ir além de tudo, de todos os limites, de todas as fronteiras.
Quando me dizem pra falar mais devagar, me revolto.
Por que eu deveria me preocupar se a deficiência de me ouvir faz parte de você e não de mim?
São poucos os que fazem valer qualquer telefonema...
Eu não, eu vou fundo. Eu atendo, eu respondo, eu retorno, eu desligo na cara. Só pra estudar as reações.
Se me questionassem sobre o futuro, eu não hesitaria: “Eu faço o presente virar futuro só para ver até onde ele vai. Se ele não levar a lugar algum, eu volto pro meu mundo de faz de conta.”
Não basta uma teoria bem feita pra mim, eu quero a prática até as últimas conseqüências.
Pra quê uma frase bem composta se eu posso gritar e fazer todo mundo ouvir os meus medos mais ferrenhos?
Pra quê a metáfora bem elaborada se na base da sinceridade eu me mostro por completa?
Eu quero um abraço apertado, um grito escandaloso, um amor novo. Eu quero um olhar hipnotizante, um calor que derrete, um poema chocante. Eu quero um “pra sempre” bem ornamentado, um sorriso que faz doer e um término com convicção. É isso que eu quero...
Eu quero intensidade!
"Exagerado... Com mil rosas roubadas, exagerado..."
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Ao som de qualquer boa nota,
De qualquer belo abraço,
De todo sorriso esperado.
São lembranças que nos tornam humanos,
São notas que nos fazem sentido,
São abraços que nos transformam em gente
São sorrisos que nos fazem completos.
Na lembrança daquele esperado sorriso feliz
Soube dançar,
Soube viver,
Soube criar.
Na lembrança daquele som que me mostrava o caminho além
Soube voar,
E assim aprendi a ser gente,
Com você.
Viva 2 de Junho! Viva a vida do Feio!
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Que nem tudo era fraqueza,
Que existia o bem, o depois e o além.
Ousei perguntar quem controlava esse 'depois',
Esse tal 'tempo' e esse tal 'amor'...
Se existia o 'pra sempre', o 'amor eterno' e o 'amar sem dor'.
Ouvindo sons de boas novas,
Letras inspiradas em beija-flores e minas,
Passei a respirar outros ares.
Eram outras sensações, outras manifestações e outras
inspirações!
Entendi a eternidade da sentimentalidade,
A pureza na poesia,
E o sonho no amanhã.
Acordei sem lembrar,
Se tudo que haviam me falado me levava até aqui
Ou até depois.
Se eu ficava parada ou se eu abria minhas asas pra voar.
E decidi voar pra sempre além.
PS: Vamos além, Larissa? Rs
domingo, 24 de maio de 2009
O que queria dizer,
Falar sem querer,
Querendo dizer,
O que nem todo ser humano
É capaz de esconder.
Outro dia acordei
E pensei: Já houve dia melhor depois desse amanhecer?
Acordar sem lembrar,
O que houve ontem
O que me levou pra longe,
Ou o que me fez levantar.
Outro dia sentei pra escrever,
E lembrei como é viver.
Falar de paixão, carinho e união
Fazendo laços, criando fatos
E indo além de tudo que qualquer outro dia me fez inspirar.
terça-feira, 19 de maio de 2009
"Aquele poema em que saiu seu nome
Não liga, não é você.
Não vou te comprometer com a minha ilusão,
Foi erro de revisão..."
domingo, 17 de maio de 2009
Questão de impressão
quinta-feira, 14 de maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009

domingo, 5 de abril de 2009

Hoje o telefone tocaria...
Seria você.
“Tudo bem?”
“Tudo OK!”
Não te contaria as novas, não te aborreceria com meus contos
Você acharia tudo monótono,
Talvez falasse sobre a saudade, ou talvez calasse.
Você não vem mais.
A sinceridade não cabe mais a nós.
Você liga mas não faz mais diferença
Nosso medo, agora constante!
A oportunidade veio
Teus olhos cerraram
A cegueira opcional se destacou...
Nossa antes sinceridade se cansou.
Aí entao você liga,
Diz que não quer mais
Nossa definição de amor que desvalidou
Eu indiferente... concordo.
Pego fotos, poemas, músicas
Deixo no passado
“Foi bom do jeito que foi...”
“Sinto muito...”